referencial teorico de hipertensão arterial
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de doenças cardiovasculares fatais e não fatais. A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. É considerada um dos principais fatores de risco modificá-veis e um dos mais importantes problemas de saúde pública em todo o mundo. Em 2001, cerca de 7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas à elevação da PA (54% por acidente vascular encefálico e 47% por doença isquêmica do coração), sendo a maioria em países de baixo e médio desenvolvimento econômico e mais da metade em pessoas entre 45 e 69 anos. (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010)
Embora tenha uma predominância maior em adultos, a hipertensão arterial em crianças e adolescentes não é insignificante. Estudos epidemiológicos em crianças tem mostrado que quando se tem um elevado nível de pressão arterial desde a infância, isso evolui até a fase adulta, mantendo uma PA mais elevada que as demais e aumentando as chances de se tornar um adulto hipertenso. Esses estudos tem em comum a relação PA alta e sobrepeso/obesidade. (SALGADO, CARVALHES, 2003)
A prevalência da HAS em crianças e adolescentes está entre 0,8% a 9% com média de 5% com significativa elevação na população obesa. Geralmente em crianças menores de 10 anos a HAS é uma doença secundária à doença renal. Quanto menor a idade, maior a probabilidade da hipertensão ser secundária e maior a chance de se tornar hipertensão crônica. Nos negros a prevalência e a gravidade da HAS é maior, devido a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. A alta ingestão de sódio pela criança é um fator muito associado a elevado nível de PA na adolescência, a dieta rica em sódio desde o período neonatal, com