Referencial Te rico

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Cementação É um processo clássico de endurecimento superficial que consiste em enriquecer a superfície de certos aços com carbono, aquecendo, convenientemente em contato com substâncias carbonáceas, de modo que o aço, depois de temperado, apresente uma superfície mais dura. A temperatura, no processo, deve ser superior à da zona crítica (850ºC a 950ºC), onde o ferro se encontra na forma alotrópica gama, com objetivo de que a solução de carbono no ferro seja fácil. A profundidade de penetração do carbono depende da temperatura e do tempo. Comumente os processos de cementação elevam o teor superficial de carbono até 0,8% ou 1,0%. Fundamentalmente a cementação é um processo de difusão relacionado ao movimento de carbono no interior do aço, logo a velocidade de enriquecimento superficial depende do coeficiente de difusão no aço. No entanto, o teor inicial de carbono no aço, a temperatura, a concentração de carbono na austenita, a natureza do agente carbonetante ou do gás de carbonetação e a velocidade de fluxo de gás também influenciam na velocidade de enriquecimento superficial, uma vez que a fonte de suprimento de carbono e a sua transferência para a superfície dos aços também são influentes. 2.1.1. Considerações gerais sobre a cementação Na cementação deve-se, de início, levar em consideração os seguintes pontos: 2.1.1.1. Composição do aço Com objetivo de obter a combinação de um núcleo tenaz com uma superfície dura, deve-se, a princípio, partir de um aço de baixo carbono. 2.1.1.2. Temperatura A operação deve ser realizada a uma temperatura que coloque o aço no estado austenítico, o que normalmente fica entre 850ºC e 950ºC. 2.1.1.3. Granulação Prioriza-se a escolha de aços de granulação fina, uma vez que eles apresentam melhor tenacidade tanto na superfície quanto no núcleo. Aços de granulação mais grosseiras, apesar de melhor capacidade de endurecimento, podem exigir maior número de operações, como: a inicial para cementar,