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Tenentismo e as Revoltas da década de 1920

Antecedentes:
Na década de 10, as greves haviam agitado as grandes cidades do país. No entanto, havia entre as camadas médias intenso descontentamento com a situação econômica e política, favorável à elite do café de São Paulo e Minas Gerais.
As elites regionais esboçaram um descontentamento nas eleições de 1921, quando gaúchos, cariocas, baianos e pernambucanos lançaram a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República. No entanto, esse movimento se manteve em nível institucional, ou seja, esses grupos aceitaram a vitória do candidato do oficial, não contestando a ordem política, caracterizada pela manipulação e pela fraude. O controle da máquina estatal manteve as elites tradicionais no poder com a vitória de Artur Bernardes, e as elites regionais acomodaram-se.
- Tenentismo: foi a oposição mais direta ao sistema oligárquico. Pela primeira vez, ocorria um movimento armado contra o governo das oligarquias, dominado pelos interesses dos grandes produtores e exportadores de café, que haviam criado uma estrutura política viciada, baseada no coronelismo e no controle obre os “currais eleitorais”. O Tenentismo foi um movimento organizado a partir do setor intermediário do exército, que angariou a simpatia da baixa oficialidade e, em parte, refletia a situação de marginalização política da classe média e certas peculiaridades do "espírito" militar, fortemente influenciado pela ideologia positivista, expresso no ideal de salvação nacional. Os tenentes defendiam reformas políticas moralizadoras no país, com a adoção do voto secreto, a criação de uma justiça eleitoral, e um projeto industrializante com a participação do Estado. Esse "espírito de corpo" percebido nos discursos dos tenentes, que se consideravam os únicos capazes da salvar a República das mãos das elites atrasadas, fez com que o movimento ficasse isolado do restante da sociedade; foi desprezado pelas oligarquias regionais, pelos camponeses e pelas

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