Redução do encontro consonantal: comparativo entre o processo fonológico em crianças e adultos
HL 321 - Fonética Experimental
Redução do encontro consonantal: comparativo entre o processo fonológico em crianças e adultos
Doscente: Prof. Dr. Plínio Almeida Barbosa
Discentes: Isabela Barros Gonçalves Mayara Fieri
I. INTRODUÇÃO
Vigotski ao discursar a respeito da origem do pensamento e linguagem afirmou que assim como acontece no reino animal, no humano, o pensamento e a linguagem têm origens diferentes. “Inicialmente a linguagem não é verbal e o pensamento não é intelectual”, mas aos dois anos de idade as curvas desses desenvolvimentos se cruzam determinando um novo tipo de comportamento: o pensamento verbal e a linguagem racional. “Inicialmente a criança aparenta usar linguagem apenas para interação superficial em seu convívio, mas, a partir de certo ponto, esta linguagem penetra no subconsciente para se constituir na estrutura do pensamento da criança”. (VIGOTSKI, 1996).
Antes de discorrer a respeito da linguagem oral, é necessário compreender o processo na produção da fala: “graças à atuação do sistema respiratório, laríngeo e supra-laringeo, a fala se constitui da conceitualização à articulação, vai transformando representações extremamente abstratas em níveis inferiores de abstração até chegar aos comandos neuro-motores, aos articuladores; é uma movimentação destes que modula o fluxo de ar, produzindo o som”. (BARBOSA)
Com esses fundamentos, os estudos sobre o desenvolvimento da linguagem expressiva revelam como este ocorre nos primeiros anos de vida: “período em que os fonemas são adquiridos e estabelecidos quanto às posições nas sílabas e nas palavras e de acordo com uma cronologia que é, ao que parece, similar para a maioria das crianças”. (FERRANTE, 2009).
Na criança, além do desenvolvimento fonológico, os articuladores também estão em processo de maturação, o que exerce alta influência na