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O Parque do Flamengo, criado pelo grupo de trabalho organizado por Lota Macedo Soares e comandado por Affonso Eduardo Reidy, tendo Roberto Burle Marx e muitos outros nomes importantes, é um marco do urbanismo, com um valor colossal.
A Marina da Glória, equipamento previsto na Planta Geral do Parque do Flamengo (1), sofreu um processo contínuo de intervenções arquitetônicas que buscavam equipá-la de infraestrutura, para que de fato, cumprisse seu propósito inicial. Prevista na Planta Geral, mas não projetada inicialmente, foi somente em 1976 (menos de dez anos depois do tombamento) que a primeira intervenção na área foi autorizada (2) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, sendo criadas ali instalações mínimas para a operação de uma marina.
O parque foi tombado antes mesmo de ser concluído e uma série de equipamentos deveriam ser objeto de projetos posteriores. [Indio da Costa AUDT]
Em 1984 (3), apenas cinco anos após ser inaugurada, a União aforou a área para que a Prefeitura pudesse potencializar as atividades náuticas, em regime de concessão. Desde então, concessionários se sucederam no controle da gestão da área tentando em vão, realizar modificações que adequassem a edificação e o entorno às suas demandas operacionais. Esse processo transformou a área em uma colcha de retalhos de intervenções que não viam o todo, apenas suas necessidades imediatas.
Convencidos da necessidade de requalificar área tão importante dentro do Parque do Flamengo, o Iphan atendeu em outubro de 2009 (4) à consulta do Grupo EBX, que assumira a concessão da Marina da Glória, estabelecendo diretrizes para a elaboração de um projeto arquitetônico que fosse capaz de tirá-la da obsolescência, trazê-la aos dias atuais sem, contudo, ferir os princípios paisagísticos e culturais do Parque do Flamengo.
De posse das tais diretrizes, a EBX decidiu realizar no início de 2010, através de carta-convite, um concurso de ideias em âmbito