Redação sobre o Consumo
Um fato inegável a respeito do atual sistema globalizado capitalista é que o consumo se ergue como um de seus pilares essenciais. No entanto, cabe questionar: até que ponto nos beneficiou o consumo? Será que há alguma margem segura entre o consumo saudável, necessário, e o exagero? Quando o consumo passa de aliado para opressor no mundo globalizado?
As perguntas acima não são fáceis de resolver e não me atrevo a tentar fornecer alguma resposta a elas. Porém, procurarei refletir sobre esses pontos e, se possível, deixar alguns rastros para reflexões futuras. Como inspiração inicial, escolhi o filme Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, de 2009. Baseado no livro Confessionsof a Shopaholic, a obra narra os infortúnios e desastres que a protagonista enfrenta como consequência de seu vício em compras, dentre eles estão relações pessoas deterioradas e perda de bens. À primeira vista, o ponto de partida parece simples e superficial, mas, é suficiente para ilustrar claramente o que ocorre quando a linha tênue entre o consumo saudável e o exagero (os delírios de consumo) é ultrapassada, quando o consumo se torna o opressor. Não há segredo ou fórmula mágica para saber se estamos em um lado favorável da linha. Também, na sociedade que estamos, é quase impossível cogitar a liberdade total e absoluta do consumo. Porém, quando relações pessoais e de trabalho entram em jogo, oportunidades e bens materiais e/ou simbólicos interessantes são perdidos e prioridades, necessidades são subitamente mudadas em favor do consumo, muito provavelmente há perigo. Todos esses fatores são indícios de que o consumo já não está mais sendo benéfico. A margem entre o consumo saudável e o exagero foi ultrapassada. O consumo passa de aliado a opressor.
Mas, será que há alguma forma de continuarmos sãos ou isso é uma utopia e devemos entregar os pontos para a sociedade consumista e globalizada século