Redação - NOSSAS QUERIDAS PROFESSORAS
Garanto-lhes que se a sociedade, os pais dos alunos e os próprios estudantes reconhecessem o valor de quem leciona nas séries básicas, a maior parte dos problemas que ocorrem dentro das escolas estaria resolvida. Não podemos continuar a contemplar o imperador do Japão, que só se curva diante do professor ou professora primária; precisamos fazer o que ele faz. Já sabemos o que deve ser feito, só falta começar a fazer.
Apesar da falta de professores neste século 21, na década de 50 do século passado uma professora formada, aquela que exibia com orgulho o anel do
Curso Normal, conhecido como ‘luz nas trevas’ — porque em cima de uma pedra negra estava uma estrela prateada —, era enorme raridade.
Nós reverenciávamos nossas professoras, das quais duas lecionaram no interior do Estado do Rio, Município de Duas Barras, Distrito de Monnerat.
Tínhamos duas professoras formadas! Ambas estão vivas. Uma reside na vila e, a outra, em Friburgo. Ultrapassam os 80 anos e, àquela época, no vigor dos
20, embrenhavam-se pelos interiores com o anel que as distinguia.
Ter aulas com uma professora formada era orgulho para os alunos. Assim,
Maria Madalena e Maria de Jesus construíram o nome numa vila do interior, no momento em que a economia deixava de lado o café e implantava a criação de gado. Uma das fortes razões de a primeira série com 60 alunos ter chegado ao quarto ano com apenas seis foi o êxodo rural. Tive uma infância marcada por esse êxodo, que enchia a plataforma da estação da estrada de ferro com famílias inteiras e suas mudanças. Em 20 anos, apesar do crescimento vegetativo elevado, este município decresceu de 20.000 habitantes para apenas 6.000. Os que permaneceram e foram até o final do curso da escola pública do estado tiveram muitas aulas com essas professoras formadas.
Importante salientar que essas profissionais, ao término do Curso Normal, sabiam fazer três coisas imprescindíveis dentro de uma escola: preparar