Redacao Auto Biografica Sartre
No ano 1921, na Hungria nascia uma menina chamada Hannah. Diferentemente das outras crianças, era muito esperta e amava ler, sempre recebendo elogios de seus professores. Com dezessete anos ingressou em umas das melhores faculdades e mais tarde virou professora desse mesmo instituto autora de notáveis livros. Seus três filhos também tiveram desenvolvimento notável, um deles escrevendo umas das obras mais explicativas sobre as dinâmicas sócias atuais.
Entretanto algo aconteceu. Antes mesmo desta historia acontecer o mundo foi regido por certas leis, que mudaram destinos e afetaram vidas. Esse código, discutido ate hoje por filósofos, fez que o rumo de Hannah fosse outro, principalmente devido a um principio desse paradoxal conjunto de leis: a condenação do ser humano à liberdade.
Logo, o que poderia ter acontecido não se concretizou. A menina acima era ninguém menos que Hannah Senesh, uma menina judia que nasceu em meio a uma sociedade racista. Ao invés de ingressar nessa tal faculdade, na qual poderia ter sido aceita mesmo sendo judia, se revoltou com a sociedade que repudiava sua religião e se mudou para a então Palestina. Com o estouro da Segunda Guerra Mundial decidiu se alistar ao exercito britânico. Aos vinte três anos foi capturada, torturada e no final executada, se negando a entregar informações aos inimigos.
Nesse momento você leitor deve estar se perguntando como essa historia se relaciona com o que é supostamente uma biografia minha. A explicação é que a única maneira de corretamente demonstrar as circunstancias que englobam minha vida é explicitando como o espaço e tempo histórico que vivo a afetou. Pois se Hannah vivesse no mundo que vivo sua historia poderia ter sido a minha. Afinal somos igualmente judias, meninas e leitoras. Entretanto as condições que as circundavam delimitaram rumos completamente diferente para mim e essa corajosa menina.
O filosofo Sartre definiria esse fator decisivo como “facticidade”, que é