Reda O Mta
A região metropolitana de São Paulo possuí o maior número de pessoas vivendo em favelas no Brasil, segundo dados do censo de 2010 divulgados pelo IBGE. São cerca de dois milhões de habitantes vivendo em áreas de “aglomerados subnormais”, que é considerado uma consequência de má distribuição de renda e do déficit habitacional no país.
Paraisópolis é o maior bairro favelizado da cidade de São Paulo. Se localiza na zona sul, em uma das regiões mais ricas da cidade, apresenta alta densidade populacional, mil habitantes por hectare. Surgiu em 1950, quando teve inicio a invasão da antiga Fazenda do Morumbi por migrantes nordestinos, em sua maioria, em busca por empregos na construção civil.
A prefeitura de SP possui um programa de urbanização de favelas que trabalha em prol das funções sociais e do bem estar da população, implantando redes de água e esgoto, drenagem, acesso viário e outros serviços públicos. O objetivo central deste programa foi o saneamento ambiental da bacia hidrográfica Guarapiranga implicando numa nova orientação para futuras intervenções e descobriu-se a importância de implantação de espaços públicos para a integração as outras vizinhanças. Em 2006 foram iniciadas as obras do programa de urbanização em Paraisópolis, que foi prevista pavimentação das vias de tráfico, reparos na infraestrutura, regularização fundiária, canalização de córregos, etc. Mas as obras foram paralisadas por conta do congelamento de recursos da secretaria da habitação, onde foi prometida a retomada das obras em Junho de 2013, porém em 2015 os moradores realizaram atos para cobrar obras no córrego e outras não finalizadas. O foco da urbanização seria o saneamento básico. O que podemos considerar como fundamento atualmente é tudo aquilo que se refere às áreas de encontro e lazer, pois proporciona espaço de vida social da comunidade, inserção ambiental, dinâmica de uso dos espaços públicos e inserção da moradia.