Recém Chegada
O novo filme protagonizado por Renée Zellweger não se preocupa muito com isso. Ela, uma workaholic, vai cuidar de uma fábrica no interior que simplesmente não está dando tanto lucro assim. Mediante a este fato, poderia parecer que o parágrafo acima é paradoxal, mas não. Em momento algum o longa leva em consideração a crise mundial. Ao contrário, mostra um EUA feliz, próspero e capitalista, sem medo de quebrar no final do túnel. Assim, como o filme é otimista, o melhor elogio para ele seria esperançoso, pois, como em toda comédia romântica que possui um final feliz (ou não seria este o gênero), essa também o tem, e pode passar a confiança para o trabalhador que no fim vai dar tudo certo. Tanto que a protagonista mantém a fábrica, mantém os trabalhadores, chama outros, conquista o mercado consumidor e alcança o êxito. Qualquer um que faça administração de empresas ou que está vendo a sua falir teria a mocinha como um exemplo.
No mais, não é o melhor dos filmes de Zellweger. Ela, que conquistou todos com a simpática e atrapalha Bridget Jones, ao ser comparada com esta personagem, está apagada no novo filme. As piadas não são tão boas, e algumas saem à moda Jones. Além disso, a comédia dá a sensação de lugar comum, de algo que já foi assistido antes e, de fato, pode ser comparada com Doce Lar, com Reese Whiterspoon, sendo esse mais divertido.
A proposta para o casal principal, Renné e Harry Connick Jr., também poderia ser mais bem explorada, uma vez que eles representariam uma miniatura de Guerra Fria. Entretanto, isso só ocorre