Recursos naturais
O petróleo, a água e a terra estão no centro de conflitos em todo o mundo.
Nova Délhi, 19 de junho (Tierramérica).- Guerras pelo petróleo, guerras pela água, guerras por terras, guerras atmosféricas: este é o verdadeiro rosto da globalização econômica, cujo apetite por recursos naturais supera os limites da sustentabilidade e da Justiça. Onde há petróleo há conflitos. Não importa em que medida a aparência de uma guerra de culturas apareça vinculada às invasões do Afeganistão e Iraque (e a ameaça de uma ação semelhante no Irã), porque a realidade era, e é, que se trata de guerras pelo petróleo.
Também a água está se convertendo em uma fonte de guerras, na medida em que é privatizada, se convertendo em mercadoria. Grandes represas desviam a água dos sistemas naturais de drenagem dos rios. Alterar o fluxo de um rio também modifica a distribuição da água, especialmente se isso implica transferências de água entre várias bacias. Estas mudanças provocam, freqüentemente, disputas entre Estados ou províncias que rapidamente degeneram em conflitos entre governos centrais e nações.
Cada rio da Índia é motivo de importantes e insolúveis problemas a respeito da propriedade da água e sua distribuição. No continente americano, o conflito entre Estados Unidos e México pela água do Rio Colorado se intensificou em anos recentes. As águas dos rios Tigre e Eufrates, que sustentaram a agricultura durante milhares de anos na Turquia, Síria e Iraque, foi a causa de vários importantes choques entre esses países. Os dois rios nascem na Turquia, cuja posição oficial é “A água é tão nossa como o petróleo do Iraque é do Iraque”.
A guerra entre israelenses e palestinos é, em certa medida, uma guerra pela água. O motivo é o Rio Jordão, usado por Israel, Jordânia, Síria, Líbano e Cisjordânia. A agricultura em escala industrial de Israel requer água desse Rio, bem como das águas subterrâneas da Cisjordânia. Embora somente 3% da bacia do Jordão esteja