Recre(i)ar o espaço escolar
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RECRE(I)AR O ESPAÇO ESCOLAR
CONTRIBUTOS DAS CRIANÇAS
TEMA: Participação e Cidadania
AUTOR: Alberto Nídio Barbosa de Araújo e Silva Doutor em Estudos da Criança Área do Conhecimento: Sociologia da Infância
RESUMO
Uma criança que não brinca ou padece de maleita que não lhe deixa alento para tal ou tem coarctada essa necessidade inata à sua condição, quer por acção doutros indivíduos, adultos ou seus pares, quer porque inexiste espaço adequado e tempo que lhe permita cumprir de todo esse seu verdadeiro ofício.
Quando isto acontece, perece o essencial do que ficou proclamado na norma sétima da Declaração, posteriormente consagrado na sua essência pelo artigo 31.º da Convenção de 1989.
Entre Portugal, a partir de Outubro de 2006, as crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico, por força de uma política de institucionalização de um espaço dedicado a actividades extracurriculares (expressões artísticas e informática, entre outras), que à escola pública cumpre promover, viram acrescidas mais dez horas semanais às vinte e cinco que já passavam dentro do seu espaço.
Tanto tempo, pelo menos sete horas por dia, das 9H00 às 17H30, reclama um outro olhar sobre o espaço de recreação, físico e temporal, que deixe cada criança entregue à liberdade de, mesmo por instantes que seja, ser ela própria em toda a sua plenitude.
Não abundam escolas onde os recreios permitam que se cumpra a função que lhes subjaz e os poucos existentes são essencialmente produtos feitos pelos adultos para as crianças.
Abre-se, hoje, algum espaço junto dos poderes públicos, sobretudo locais, que possibilitam agarrar esta problemática, onde é possível perspectivar espaços de recreação onde os contributos das crianças serão tidos como determinantes para a sua formulação.
São pequenos passos que vão permitindo uma aproximação da participação das crianças no