Reciclagem
Laerte Scanavaca Júnior, Engenheiro Florestal, Embrapa Meio Ambiente
Com o crescimento da população, os habitats estão perdendo espaço. A produção excessiva de lixo está deixando o planeta sem resiliência. Hoje, somos cerca de 7 bilhões de pessoas. A pouco mais de 100 anos, eramos 1,6 bilhões e em 2020, seremos 8 bilhões. Onde iremos viver? Com quem (animais)? Quais habitats serão preservados? Há espaço para todos? O que fazer?
A produção excessiva de lixo complica ainda mais a convivência em grupos ou sociedade.
É preciso disciplina e respeito ao ambiente. Existem muitos países com dificuldades de alocar seus lixos, como a Inglaterra, Itália, EUA, entre outros e até exportam isso para o terceiro mundo como produtos reciclados. O caso dos pneus e baterias de carro importados pelo Brasil há alguns anos é típico. Outras tecnologias de baixa eficiência energética foram abandonadas no primeiro mundo mas não nos países em desenvolvimento. Não dá para eliminar o lixo, mas podemos diminuir sua produção, reduzindo o consumo e reutilizando sempre que possível. Outra ação importante é separar o lixo úmido ou de fácil decomposição como os restos alimentares (quase 60%) do lixo seco que demora mais tempo para decompor e ocupa muita área. O lixo é caro, mas se for tratado de maneira adequada, pode ser muito rentável, evitando ou minimizando a poluição dos solos e águas. Para que isso aconteça precisamos mudar alguns paradigmas, repensar nosso modo de vida e começarmos uma revolução de dentro para fora. Rever valores, mudanças de atitude para que todos tenham direito a vida. Reduzir o consumo não é consumir só o necessário, mas é bem possível eliminar supérfluos, reutilizar tudo que possível e o que não for, disponibilizar para a reciclagem. Todos sabemos como reduzir o consumo de energia, água, papel, alimento tanto em casa como no trabalho, precisamos apenas praticar isso.
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