reciclagem
Não existe modelo ideal de programa de prevenção, tampouco melhor ou pior. Existem diferentes possibilidades de abordagem da questão, em que os fatores de proteção devem ser realçados e os fatores de risco, minimizados.
Embora o consumo abusivo e a dependência de drogas sejam constante objeto de estudo dos profissionais da área de saúde ocupacional e seu impacto na segurança seja amplamente discutido no ambiente de trabalho, as ações de prevenção ainda se mostram tímidas.
Felizmente, esse cenário vem se modificando. As organizações brasileiras, na busca de alternativas para diminuir o impacto negativo que o uso de drogas tem na saúde do trabalhador, na produtividade e no ambiente onde ele exerce suas atividades, começam a desenhar suas políticas nesse sentido.
É imprescindível que todos os segmentos da organização tenham nítida compreensão de que o uso abusivo e a dependência de drogas não têm uma única causa. Os problemas decorrentes disso requerem diferentes tipos de abordagem.
Uma política de prevenção não é privilégio de grandes companhias, nem está necessariamente atrelada ao volume de recursos financeiros disponíveis. Ela depende do reconhecimento, por parte dos dirigentes e dos trabalhadores, de que o consumo de drogas existe e pode afetar a produtividade, a segurança e as relações interpessoais no ambiente de trabalho. A partir daí, a organização pode e deve definir de forma pragmática o que é aceitável ou não em relação ao consumo de drogas por seus colaboradores, as ações de prevenção e o tipo de suporte a ser oferecido para aqueles que já apresentam algum comprometimento decorrente do consumo de qualquer tipo de droga, inclusive o álcool.
Embora a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) arcaicamente ainda legisle sobre a dispensa por justa causa para “embriaguez habitual ou em serviço”, a demissão sumária do trabalhador com problemas decorrentes do uso do álcool e outras drogas vem perdendo