Reciclagem

Lixo, reciclagem e cidadania na educação matemática

Ana Sofia Alves, EB 2/3 Vale de Milhaços
João Filipe Matos, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Paula Félix, ES Alfredo da Silva, bolseira do ME

É cada vez mais evidente a preocupação em desenvolver jovens cidadãos informados, críticos e participativos. Embora, aparentemente, a Escola esteja a procurar dar resposta a esta preocupação (por exemplo com a introdução da área curricular de Formação Cívica), é obviamente necessário ir mais além, proporcionando aos alunos situações transdisciplinares que concorram para esse objectivo. A educação matemática não pode ser pensada como estando desligada (que não está) do contexto social em que estamos inseridos. É necessário contribuir para que a ideia da matemática como uma disciplina científica estanque evolua para uma visão mais abrangente, e os alunos realizem a importância da matemática como elemento com o qual a sociedade organiza uma parte substancial das suas actividades. Esta opção passa, necessariamente, pelo envolvimento dos alunos em actividades que façam uso explícito das relações da matemática com questões de natureza social e política.

Exemplo do diálogo matemática e cidadania: a gestão do lixo
O desenvolvimento de uma educação para a cidadania democrática - entendida de modo transversal no currículo - envolve todas as disciplinas em alguma das suas dimensões. Este princípio tem implicações importantes, quer nas formas como os professores interpretam e trabalham os programas que concretizam as orientações curriculares, quer nas suas próprias práticas pedagógicas. No caso da matemática, pode-se ler nas orientações para o Ensino Básico (nomeadamente no Currículo Nacional de Competências) diversas possibilidades e margens de liberdade que permitem contemplar opções para esta disciplina no sentido de valorizar os seus aspectos sociais, culturais e políticos.
Colocar a educação matemática em diálogo com a construção da cidadania implica