Reciclagem
GERAL
PORTO ALEGRE, DOMINGO, 9/09/2001
| 33
ss BOM EXEMPLO ss
ADRIANA FRANCIOSI/ZH
Lixões são a regra em 69% dos municípios gaúchos
A pouca conscientização pública acerca da reciclagem somada à organização deficiente de prefeituras, a distorções de tributação e a mercados restritos são grandes empecilhos ao reaproveitamento de resíduos sólidos no Brasil. Fruto dessa situação, uma estatística assola o Rio Grande do Sul: dois em cada três municípios gaúchos jogam seus rejeitos em lixões sem proteção contra desastres ecológicos. correto da área – alerta Nilvo Alves da Silva, presidente da Fepam.
Obsessão alemã
ROSANE OLIVEIRA
x Apesar de reaproveitar apenas cerca de 30% do lixo seco, Santo Ângelo é uma das poucas cidades do Estado a manterem um programa de reciclagem de resíduo domiciliar. O município conta com a coleta seletiva nas ruas e uma usina de separação de rejeitos dentro do depósito de lixo. A prefeitura projeta, a curto prazo, reciclar 80% do lixo do município, apesar das dificuldades de conscientização pública.
TADEU VILANI/ZH
x Desde 1996, os trabalhos são desenvolvidos em parceria entre o município, a empresa coletora de lixo e uma cooperativa de trabalhadores, com 36 sócios. Os recicladores, que atuam no depósito da prefeitura, recebem cerca de 14 toneladas de lixo seco por dia, provenientes das coletas por caminhões. – Recebemos hoje mais ou menos R$ 150 por mês. Vivemos disso. Quando iniciamos, tirávamos R$ 200 – relata o vice-presidente da Cooperativa Ecos do Verde, Édison Nicoletti, 27 anos.
TADEU VILANI/ZH
as 497 cidades do Estado, apenas 31% tratam o lixo com o licenciamento operacional concedido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), estágio em que todos os pré-requisitos de segurança expressos na lei ambiental são atendidos. Nesses aterros, cujos melhores exemplos são Porto Alegre e Canoas, gases como o metano – um dos responsáveis pelo efeito estufa – e o chorume são tratados ou