Recensão crítica ao livro CASTRO, Adolfo Faria de - Impressões de Arte, Crónicas sôbre figuras e factos da Arte Portuguesa, de 1925 a 1935, Coimbra Editora, 1936
1084 palavras
5 páginas
Recensão crítica ao livro CASTRO, Adolfo Faria de - Impressões de Arte, Crónicas sôbre figuras e factos da Arte Portuguesa, de 1925 a 1935, Coimbra Editora, 1936Realizado para a cadeira de Introdução à História da Arte
Professora Maria da Graça Briz
Faculdade de Ciências Socias e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Ano lectivo de 2013/2014
Autor: Rodrigo A. S. Marques
Antes de iniciar a minha apreciação crítica ao livro que apresento, acho necessário promover esta recensão com algum contexto relevante: é impressa a Janeiro de 1936, sendo composta por catorze crónicas publicadas em diários e revistas de Lisboa entre 1925 e 1936 da autoria de Adolfo Faria de Castro, que além de colaborador de inúmeras publicações da época, é autor de manuais de desenho para os liceus portugueses desde o final dos anos trinta até ao início da década de cinquenta e assume-se como um apaixonado e "fiel cultor das Artes Plásticas". Ao iniciarmos a nossa leitura, somos confrontados com uma primeira parte dedicada às impressões do autor sobre exposições realizadas no Salão Bobone (galeria localizada em Lisboa na Rua Serpa Pinto) de pintores cujo trabalho incide maioritariamente em paisagens, como Carlos Reis, Falcão Trigoso, Alves Cardoso, entre outros. Faria de Castro aborda todos estas exposições e quadros num tom épico e poético, com um fervoroso entusiasmo, como podemos observar nas palavras que profere ao contemplar a exposição de Carlos Reis (a quem ele apelida de "o grande mestre da paisagem"): "(…) vinte e um quadros, mimosas ternuras de luz, carícias brandas de côr(…)". Consigo verificar tom semelhante na sua opinião acerca do trabalho pictórico de António Saúde (este apelidado de "paisagista sentimental"): "Consola-nos, encanta o nosso espírito, delicia a nossa alma." Sinto-me até na liberdade de dizer que toda esta entoação lírica, é acompanhada com um estilo diarístico e glorioso até ao fim do livro, algo que não é um facto surpreendente visto que esta