Rebelião Praieira

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Rebelião Praieira (1848 – 1850)

Origens do movimento – Assim como as revoluções de 1848 na Europa representaram o encerramento de um ciclo revolucionário iniciado em 1789 com a Revolução Francesa, a Praieira, em Pernambuco, correspondeu à última etapa das agitações políticas e sociais iniciadas com a emancipação.

Pernambuco era, no século XIX, a mais importante província do nordeste, graças ainda ao açúcar, e seus políticos gozavam de grande influência no Rio de janeiro.

Entretanto, a concentração fundiária em Pernambuco era tal, que um terço dos engenhos era propriedade de uma única família: a dos Cavalcanti. Desse modo, a totalidade dos pernambucanos dependia direta ou indiretamente de um punhado de famílias que conduzia a sociedade tendo em vista exclusivamente os seus interesses. Dada a importância de Pernambuco desde a época colonial, ali se concentrava um numeroso grupo de comerciantes, na maioria portugueses, que monopolizavam as trocas mercantis.

A concentração da propriedade fundiária e a monopolização do comércio pelos portugueses foram os fatores de permanente insatisfação das camadas populares em Pernambuco.

Surge o Partido da Praia. Como em outras partes do Brasil, em Pernambuco existiam dois partidos: o Liberal e o Conservador. Os Cavalcanti dominavam o Partido Liberal e os Rego Barros, o Conservador. Apesar de pertencerem a partidos diferentes, essas duas famílias costumavam fazer acordos políticos com muita facilidade.

Assim, Francisco de Paula Cavalcanti tornou-se presidente da província em 1837, através de um acordo com os Rego Barros. Em 1840, foi a vez de Francisco Rego Barros (barão da Boa Vista) assumir a presidência da província.

Porém, em 1842, membros do Partido Liberal se rebelaram e fundaram o Partido Nacional de Pernambuco - que seria conhecido como Partido da Praia. Esses inconformados pertenciam a famílias que haviam feito fortuna em época recente, ao longo da primeira metade do século XIX, e tinham como

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