Realismo
Realismo foi um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XIX na Europa, mais especificamente na França, em reação ao Romantismo. Entre 1850 e 1880 o movimento cultural, chamado Realismo, predominou na França e se estendeu pela Europa e outros continentes. Os integrantes desse movimento abandonaram a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo, pois sentiam a necessidade de retratar a vida, os problemas e costumes das classes média e baixa não inspirada em modelos do passado. O movimento manifestou-se também na escultura e na arquitetura. Entre as principais características do Realismo português temos o foco em questões sociais e na realidade como ela é, sem distorções, não mais baseada em idealizações desta e opiniões subjetivas sobre esta realidade; descrição de pessoas comuns, com problemas e limitações como todos os seres humanos; foco na vida cotidiana e na denúncia de falsos valores, trazendo uma moral que, possivelmente, é mais eficaz do que a simples condenação de atitudes que existia em movimentos anteriores, uma vez que mostra a origem e as consequências dos valores falidos da época.
Gustavo Flaubert (1821-1880)
Gustavo Flaubert foi um importante escritor francês do século XIX, e levava seus romances realistas à perfeição criando a completa harmonia entre a arte e a realidade. Nasceu dia 12 de dezembro de 1821 numa família de classe média de antepassados católicos e protestantes e sempre teve um enorme interesse por literatura e teatro desde os estudos no Colégio Real, que frequentou durante a juventude. A Principal obra de Gustavo Flaubert foi Madame Bovary (1857) que conta a história de uma burguesa provinciana com a imaginação exaltada pelas leituras românticas. Emma Bovary, levada pela ambição de uma vida mais intensa que a que pode dar-lhe o ambiente em que vive com o marido, um médico de aldeia medíocre e simples, corre várias infelizes e turvas aventuras com