realidade das instituições para menores
As crianças e adolescentes em conflito com a lei são atendidos por meio de medidas socioeducativas e são impostas num sistema de forma que a criança ou adolescente seja reinserido e readaptado socialmente. Mas na realidade essas instituições como a Fundação Casa, que antes era chamada FEBEM, não reeduca esses adolescentes, lá eles são humilhados e espancados. Desde o início, as unidades desses órgãos são marcada por denúncias de maus tratos e de não servir para recuperar os jovens e são comparadas, muitas vezes, a situação tão ruins ou piores que as das prisões comuns brasileiras.
A presidente da entidade, Conceição Paganele, perdeu a conta de quantas denúncias de tortura dentro da Febem contra menores já recebeu de parentes de detentos. Além disso, ela conta que há casos de assassinatos: somente nos últimos 3 anos, 27 adolescentes foram mortos dentro da instituição. Os adolescentes reclamam da truculência e da violência dos monitores e do preconceito que eles mostram ao tratá-los como “bandidos” e “marginais”. Os internos também contaram que levam golpes com cabos de enxadas, fios de cobre e levam até choques e que, após as sessões de tortura e espancamento são obrigados a tomar banho gelado para limitar o aparecimento de hematomas. Disseram que as sessões sempre acontecem a noite e que os funcionários agem sempre encapuzados. São adolescentes com pouca esperança no futuro mas que destacaram a importância de estudar dentro das unidades da Febem. Uns porque se sentem muito bem tratados pelos professores, que demonstram atenção e carinho, outros apenas porque ocupam parte do tempo porque no geral, todos reclamaram de não ter o que fazer. Em relação aos cursos técnicos, reclamam que não há vagas para todos e preferem o curso de informática.
Já os reincidentes e os que cometeram crimes mais graves se mostram mais céticos com relação a uma eventual possibilidade de inserção social. Conclui que a Febem não conseguiu atingir seus objetivos em relação