Realidade da moradia no Brasil
Tão agravante é a situação que a qualidade das moradias dos chamados conjuntos habitacionais, projetados sem o mínimo de engenharia, classificados como quantitativos, pois colocavam o máximo de famílias que contabiliza sem ter o mínimo de gastos para o Estado. Diante do descaso e da mediocridade do Estado muitos trabalhadores de baixa renda, tem optado pelo mutirão, construindo em regime solidário, as moradias que vão se erguendo, fim de semana durante anos, em terrenos ocupados, correndo o risco de serem despejados e de perderem o emprego, pois o desgaste físico ultrapassa as linhas de trabalho. Tudo por falta de opção e pelo desespero de não ter que viver nas ruas. A complexidade e a importância do problema habitacional exigem empenho e competência renovados. Cabem, portanto, como responsabilidades a serem cobradas dos novos governantes a serem escolhidos na próxima eleição: criar estruturas institucionais permanentes, com quadros técnicos competentes e concursados, que permitam montar programas adequados às realidades locais e que possam ter continuidade; prover fluxo de recursos permanentes para a área de habitação, complementando os investimentos das instância federal e estadual; criar e atualizar levantamentos sobre os problemas habitacionais, particularmente sobre a situação da precariedade e da irregularidade fundiária e urbanística; e, por fim, mas não em último lugar, dar consequência às atribuições que