rascunho
Zeus, foi escondido por Gaia após seu nascimento. Alimentado com ambrosia, Zeus crescido declarou guerra contra os titãs, vencendo-a e dividindo o mundo entre seus correligionários.
Isso definiu uma temporalidade de harmonia dinâmica entre os seres, além de cíclica no que diz respeito a tudo que vive no universo. No entanto, nós humanos desestabilizamos essa ordem por deliberarmos sobre nossa existência. Essa oscilação é agravada pelas exigências sociais de que tenhamos ritmos diferentes ao longo de nossa vida, um natural e um funcional.
Santo Agostinho em seu livro Confissões afirma que o tempo é mais uma noção intuitiva do que conceitual. Para ele o presente é um nada que separa dois inexistentes (o passado e o futuro). Sua solução é transformar todos os tempos partindo de uma perspectiva do presente, tornando o passado memória e o futuro esperança e projeção.
Todavia existem dois tempos: o tempo do mundo, fluxo inexorável dos instantes, e o tempo da alma, a percepção subjetiva do mundo. A duração dos instantes nada mais é do que a percepção humanizada desse mundo que possui uma temporalidade própria, com proporções que nunca existirão em nós.
Quem avança na reflexão sobre o tempo é Blaise Pascal, que diz que o espírito oscila entre passado e futuro, esquecendo do presente. Esse movimento de distanciamento é explicado por Pascal como ato de defesa contra um mundo que nos agride, tornando-o um movimento natural face a um presente