Raphael

Na manhã do dia 1 de Abril de 1964, vários jornais abordavam o mesmo tema, mas dando destaque para alguns fatos, tomavam diferentes partidos à cerca do Golpe, cada meio de comunicação defendia o que mais lhe parecia correto, alguns traziam títulos como:

“Povo e governo superam a sublevação”.
Contrário ao golpe, o jornal A Noite acredita na vitória de João Goulart.

“Estados já em rebelião contra JG”.
O Correio da Manhã clama pela deposição de João Goulart: “Fora!”.

“Guarnições do I Exército marcham para sufocar rebelião em Minas Gerais”.
O Diário Carioca defendeu a Constituição.

Já no dia 2:

“Ranieri Mazzilli é o presidente”.
O jornal Diário da Noite trata a nova ordem como “legalidade”
“Exército domina a situação e conclama o povo brasileiro a manter-se em calma”. O Diário da Região relata que, depois do golpe com armas, houve o apelo por calma.
“Marinha caça Goulart”. Diário de Notícias: “É o fim do comunismo no Brasil.”
A propaganda utilizada pelo governo durante os Anos de Chumbo era rígida demais, com frases de efeito como: “Brasil, ame-o ou deixe-o” ou “Quem não vive para servir o Brasil, não serve pra viver no Brasil” tentava de certa forma ascender à chama do patriotismo no peito das pessoas.
Vários cantores escreviam canções exaltando a pátria:
"Este é um país que vai pra frente
Rô Rô Rô Rô Rô
De uma gente amiga e tão contente
Rô Rô Rô Rô Rô
Este é um país que vai pra frente
De um povo unido, de grande valor
É um país que canta, trabalha e se agiganta
É o Brasil de nosso amor!" (Este é um país que vai pra frente - Os Incríveis)
Até no futebol houve intromissão. Após a vitória da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, aconteceu uma das maiores campanhas publicitárias de massa. O presidente da ARENA (Aliança Renovadora Nacional) mandou baixar uma determinação aos candidatos do partido para que utilizassem como base de campanha eleitoral o êxito do futebol brasileiro na Copa do Mundo. Também nessa época, surgiu o