Raios
O impacto dos raios em aeronaves é um dos incidentes ambientais mais reportados por pilotos. Os relatórios, a análise dos seus efeitos em aeronaves e os estudos realizados por entidades, laboratórios e universidades permitem que, atualmente, a indústria disponha de uma vasta gama de informações sobre o fenômeno e os métodos que agregam soluções que minimizam os danos, permitindo um voo seguro, mesmo após sofrer impacto de elevada intensidade de corrente.
A interação com aeronaves
Pouco tempo após o início da operação de voos motorizados, houve casos de aeronaves atingidas por raios, algumas vezes com efeitos catastróficos. Antigas aeronaves de madeira com cabos de comando metálicos não tinham capacidade de condução de corrente de descarga de raios de vários milhares de amperes ou mais. Partes de madeira e mesmo os cabos de comando explodiam ou queimavam em razão do efeito Joule¹. Mesmo que danos estruturais não fossem observados, pilotos sofriam, frequentemente, choques ou queimaduras causados pelas correntes de raio, que penetravam suas mãos ou pés, via pedais ou manete de controle. Algumas vezes, tanques de combustível incendiavam ou explodiam. Esses efeitos juntos com turbulência e chuva logo induziram os pilotos a evitarem climas de tempestade.
Na Aviação
Felizmente, um raio não parece causar a mesma destruição numa aeronave do mesmo jeito que ele faz em objetos no chão. Infelizmente, esse fato tem sido tão bem transmitido que muitos pilotos acabam não se importando com os perigos do relâmpago em voo.
Os efeitos do raio numa aeronave em voo são um pouco diferentes do que os efeitos sobre alvos de superfície, em grande parte devido à falta de aterramento, o que impede a corrente de causar todo o seu potencial de dano.
Além disso, os aviões que têm “pele” de metal produzem o efeito chamado “Gaiola de Faraday” que permite a distribuição elétrica potencial uniformemente sobre a superfície do metal de modo que os