Ragnarok
O Ragnarök tem sido tema de muitas controvérsias quanto à origem da sua narrativa, que só foi escrita mais tarde, após a cristianização do mundo nórdico. Muitos especialistas argumentam que os seus textos de carácter profético sobre o fim do mundo são inspirados em temas bíblicos[2][3] como o Juízo Final,[4] o Apocalipse, o fim do mundo de acordo com as teorias milenaristas,[5][6] e o Eclesiastes.[7][8][9] É feita também a comparação com outras narrativas mitológicas indo-europeias, o que pode indicar uma origem comum de mitos ou de influências pagãs externas. Para muitos estudiosos, essas influências emprestadas de outras culturas e reescritas por clérigos cristãos são erroneamente atribuídas à mitologia viking, e têm distorcido o conhecimento que temos da fé escandinava.[10][4] O texto também pode ter-se inspirado na observação das catástrofes naturais na Islândia.
O evento é atestado primeiramente no Edda poética, compilado no século XIII, a partir de fontes tradicionais mais antigas e no Edda em prosa, escrito no século XIII por Snorri Sturluson. No Edda em prosa e em um único poema no Edda poética, o evento é conhecido como Ragnarökr ou Ragnarökkr (nórdico antigo "Crepúsculo dos Deuses"), um termo popularizado no século XIX pelo compositor Richard Wagner por ser o título da última ópera da tetralogia Der Ring des Nibelungen,