Rafaela do Vale
Rafaela Souza do Vale
Universidade do Estado Pará. A historiadora e professora universitária Mary del Priori descreve o cotidiano dos índios antes e após a cehgada dos portgueses no capítulo 2: “Sem Fé, Sem Lei, Sem Rei”. Demostra de forma concisa o papel da religião no processo de colonização no capítulo 3: Religiosidade na Colônia. E exemplifica a significativa atuação do IHGB para construção da identidade nacional no capítulo 17: O Brasil como Nação. A expressão “Sem Fé, Sem Lei, Sem Rei”, foi escrita por Pero Magalhães Gôndavo, em 1573, no Tratado da Terra do Brasil. E a autora faz relação a isso, expondo como os recém-chegados tinham essa visão e que era um equivoco, como se pode perceber no cotidiano dos índios antes de sua chegada. Os índios possuiam uma “ cultura em torno do alimento”, conheciam a agricultura, coletavam,caçavam e pescavam, dentro da tribo existiam divisões e papéis distintos, aceditavam em deuses, em seres míticos como Curupira e o Boitatá, faziam esculturas e desenhos. Os gentios foram usados pelos europeus como meio de adaptação a nova terra. A justificativa usada para desprezar a identidade dos povos indigenas e para dar razões a “missão” ao domínio português “ O Brasil nasceu à sombra da cruz”, afirmando de certa forma a continuidade das cruzadas. A união de interesses da Igreja e Império, religião e poder, motivaram a colonização e aculturação dos gentios e da Terra Brazili. A ocupação territorial foi feit inicialmente pelas dozes Capitanias Hereditárias, com dozes donatários, primeiros latifundiarios. Somente alguns tiveram sucesso, já que muitos não tinham condições financeiras de coloniza-las, explora-las ou até mesmo de chegar até elas. Além dos donatários, vieram também, para ajudar a ocupar, “ os indesejados