RADIOLOGIA COM INTENSIDADE MODULADA EM FEIXES
Na Radioterapia Externa Convencional, o processo de identificação e delineamento das áreas a serem tratadas com Radioterapia baseia-se nos dados de exame físico (palpação / visualização do tumor e de órgãos sadios), nos relatos cirúrgicos e anatomopatológicos (quando existentes), e na correlação da localização anatômica do tumor nos exames diagnósticos.
A partir destas informações, o médico radioterapeuta marca em uma radiografia, ou diretamente na pele do paciente, as áreas que deseja tratar e aquelas que devem ser protegidas, definindo ainda as incidências dos feixes para a irradiação dessas regiões. O cálculo da dose de tratamento, na Radioterapia Convencional, é manual, sendo obtido apenas em alguns pontos da área irradiada.
Entretanto, as incertezas na real extensão espacial da doença, as imprecisões na localização dos órgãos sadios e a falta de ferramentas para arranjos complexos dos feixes de radiação obrigam o médico radioterapeuta a utilizar amplas margens de segurança, para reduzir os riscos de recorrência do tumor. Isto leva à inclusão de grandes quantidades de tecidos normais nos campos de tratamento, requerendo, muitas vezes, a redução da dose de Radioterapia para a manutenção de níveis toleráveis de efeitos colaterais.
Na Radioterapia Tridimensional Conformada, a definição da área de tratamento se faz através de uma tomografia computadorizada de planejamento, além dos outros dados já citados acima. A partir deste exame, o médico delimita no computador, corte a corte da tomografia, quais são as estruturas normais e quais são as áreas de doença tumoral micro e macroscópica. Em alguns casos é possível ainda a fusão de imagens de ressonância magnética ou PET com a tomografia computadorizada, levando a uma precisão ainda maior na identificação dos tecidos.
Os programas de computador permitem a reconstrução tridimensional dos dados de anatomia do paciente, a elaboração de diversos