Radiografia Tor Cica
A radiografia simples do tórax é um dos exames radiológicos mais utilizados na prática médica. Seu baixo custo, aliado à facilidade de realização e grande disponibilidade, fazem com que este método seja muito freqüente em serviços ambulatoriais, enfermarias hospitalares e centros de terapia intensiva.
Apesar de ser um exame comum, não é raro nos depararmos com radiografias de tórax realizadas com técnica inadequada ou com incidências insuficientes. O objetivo desta revisão é abordar as incidências empregadas, além dos aspectos técnicos e da sistematização da análise da radiografia simples do tórax.
2 – Incidências utilizadas na radiografia do tórax
2.1 – Póstero-anterior (PA)
Esta é a incidência mais utilizada na radiografia simples do tórax. Como os raios X são divergentes, para que as estruturas não sofram uma magnificação excessiva, é necessária uma distância mínima para a sua realização, da ordem de 1,50 m. A distância ideal é de 1,80 m (figura 1).
Os feixes de raios X entram posteriormente, pelas costas do paciente, e a porção anterior do tórax encontra-se em contato com o filme radiológico. Esta posição, demonstrada na figura 2, é realizada por dois motivos: evita a magnificação do coração, que, por ser anterior, fica perto do filme; possibilita o posicionamento dos ombros de tal forma que a escápula fique fora do filme.
A figura 3 demonstra uma radiografia em PA realizada com técnica adequada.
2.2 – Ântero-posterior (AP)
Esta incidência é realizada com a porção posterior do tórax em contato com o filme; o feixe de raios X entra anteriormente. Contudo, como o coração encontra-se longe do filme, ele é magnificado, dificultando a análise do seu tamanho e também dos segmentos pulmonares adjacentes (medial do lobo médio e língula). Realiza-se esta incidência, portanto, apenas em casos especiais, quando o paciente não consegue ficar na posição ortostática: crianças pequenas e pacientes debilitados ou acamados. A figura 4demonstra uma radiografia