Radioatividade
Toda a matéria existente no universo é constituída por átomos, que resultam de diferentes arranjos entre prótons, nêutrons e elétrons. Em função desses arranjos, os átomos adquirem propriedades físico-químicas bem definidas, que permitem identificar cada um deles como um elemento químico. No entanto, o mesmo elemento pode ocorrer em diferentes formas, denominadas isótopos, com comportamento químico idêntico. Isótopos de um mesmo elemento têm igual número de prótons, mas diferem no número de nêutrons, o que resulta em átomos mais ou menos instáveis. A instabilidade dos átomos está associada a um excesso de energia acumulada, que tende a ser liberada sob a forma de radiações. Nesse processo denominado decaimento, o átomo livra-se do excesso de energia e torna-se mais estável. A radiação emitida pode ser pura energia eletromagnética ou conter ainda partículas saídas do núcleo do átomo. Quando há liberação de partículas, as propriedades químicas do átomo são alteradas e o elemento transforma-se em outro. Os átomos que decaem, emitindo radiação, são conhecidos como radioativos. Essa radiação (com ou sem partículas) é chamada de nuclear por se originar do núcleo do átomo, e os dois tipos têm em comum a capacidade de interagir com a matéria à sua volta, alterando sua estrutura.
Um tipo de modificação é a fissão nuclear, isto é, a fragmentação de núcleos maiores em núcleos menores. Embora a fissão seja uma fonte de energia, a consequente produção de resíduos radioativos é seriamente perigosa para a vida. Outro tipo de modificação é a fusão nuclear, a junção de núcleos menores para formar núcleos maiores. A fusão é uma fonte de energia, mas é tecnologicamente complexa e, portanto de desenvolvimento caro. Células vivas expostas a essa radiação, por exemplo, podem ser destruídas ou alteradas, em geral levando a doenças. A radioatividade é, assim, um processo natural, através do qual átomo instáveis evoluem em busca de configurações mais estáveis. O processo