A radioatividade é um processo natural decorrente da liberação de energia de um núcleo atômico cuja relação entre o número de prótons e de neutrons resulta em uma configuração instável; o processo modifica a relação próton/neutrons do núcleo e leva a configurações estáveis (não radioativas). O ambiente no qual vivemos é naturalmente radioativo. Por exemplo, respiramos Carbono 14, que é radioativo, e é formado a partir da interação das radiações cósmicas com a atmosfera; comemos bananas que apresentam em sua composição Potássio 40, com núcleo instável, emissor de raios gama, entre outros. Os efeitos da radiação podem ser em longo prazo, curto prazo ou apresentar problemas aos descendentes da pessoa infectada (filhos, netos). O indivíduo que recebe a radiação sofre alteração genética, que pode ser transmitida na gestação. Os raios afetam os átomos que estão presentes nas células, provocando alterações em sua estrutura. Graves problemas de saúde, como a perda das propriedades características dos músculos e da capacidade de efetuar as sínteses necessárias à sobrevivência, podem ser apontados como o resultado dessas alterações. A radioatividade pode apresentar benefícios ao homem e por isso é utilizada em diferentes áreas. Na medicina, ela é empregada no tratamento de tumores cancerígenos; na indústria é utilizada para obter energia nuclear e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos. Vejamos, resumidamente, as características de cada tipo de radiação: Radiação Alfa: são fluxos de partículas carregadas positivamente, compostas por 2 nêutrons e 2 prótons (núcleo de hélio). São desviadas por campos elétricos e magnéticos. São muito ionizantes porém pouco penetrantes. Quando um radioisótopo (que possui núcleo instável) emite uma partícula alfa, seu número de massa (A) diminui 4 unidades e o seu nº atômico diminui 2 unidades. Radiação Beta: são fluxos de partículas originárias