Radiação
Pessoas expostas à radiação, entre elas os especialistas e bombeiros que trabalham na zona de risco das usinas nucleares japonesas, correm graves riscos de saúde. Elas podem apresentar náuseas e vômitos nas 24 horas seguintes ao contato com a radiação e sintomas de doençasnas semanas ou meses posteriores, dependendo da dose recebida.
De acordo com Artur Malzyner, oncologista do hospital Albert Einstein, o sintoma mais comum de pessoas expostas a uma pequena dose de radiação é a náusea seguida de vômito. Se o nível for um pouco maior, a contaminação nuclear começa a afetar outros órgãos do corpo.
De acordo com o médico, nesses casos, a médula óssea é a parte do corpo humano mais vulnerável à radiação. Responsável pela formação de células sanguíneas, incluindo as células de defesa do corpo humano, o órgão pode ressecar em doses relativamente baixas. "É o primeiro órgão a ser enfraquecido pelo efeito radioativo", disse. Isso quer dizer que o indivíduo pode ficar anêmico e o corpo perder completamente a capacidade de se defender de doenças.
Doses mais altas podem afetar o aparelho digestivo, pulmão e provocar tumores malignos na tireoide. A radiação em níveis relativamente baixos também pode afetar a gestação e o aparelho reprodutivo, causando esterilidade em homens e mulheres. O último tecido humano a ser afetado é o nervoso. "Os problemas neurológicos são, normalmente, os últimos a se manifestarem após anos de exposição", explicou Malzyner.
Se a dose for muito alta, contudo, "não há solução", explicou o professor Patrick Gourmelon, diretor da seção de contaminação humana do Instituto francês de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN). Nesses casos, o organismo contaminado não consegue se recuperar.
Proteção - A população pode ser protegida com quatro medidas básicas: a retirada de pessoas do local contaminado, o isolamento daqueles que foram atingidos, a ingestão de iodo limpo e água corrente" explicou Gourmelon.
Quando possível, as