Racismo na atualidade
“Sim, Nós Somos Racistas: Estudo Psicossocial da Branquitude Paulistana” de Lia Vainer Schucman.
CAMPINAS – SP
No Brasil contemporâneo, velhos questionamentos a respeito das identidades raciais estão cada vez mais em pauta. Alguns deles necessitam de respostas atualizadas, como: quem é branco e quem é negro?
Apesar das preocupações e da luta contra a discriminação racial serem fundamentais para uma sociedade mais justa e humana, a Psicologia pouco se esforça sobre a questão das relações raciais no Brasil. A formação do psicólogo ainda está centrada na idéia de um desenvolvimento do psiquismo humano igual entre os diferentes grupos.
Racismo aqui deve ser entendido precisamente quando o que está em jogo é a hierarquia social entre grupos e é definida pela raça.
Podemos pensar em diferentes formas de racismo, como racismo biológico que procura sustentar argumentos para justificar as hierarquias sociais; o racismo cultural, que justifica as hierarquias sociais com base numa idéia em que diferenças lingüísticas e religiosas são classificadas inferiores em relação à cultura dominante.
Temos também o racismo individual, que por meio de ações e atitudes individuais de discriminação que funcionam mesmo sem a intenção do indivíduo.
A pesquisa do autor, por método de entrevista, visa entender de que forma a categoria raça produz desigualdade.
Os padrões estéticos demonstram diferenças com relação às características raciais quando os entrevistados são perguntados sobre o que é ser bonito; respostas como a relação de beleza com as raças européias são comuns.
A idéia da superioridade social também está inclusa quando pessoas relacionam intelectualidade com a cor. Atribui-se a isso, entre outras coisas, o histórico de escravidão mesmo tendo terminado muito tempo atrás.
Mesmo assim, a idéia de superioridade racial, parece estar mais ligada para os entrevistados à questão cultural. Muito se atribui a formação da sociedade européia e