Química
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Disciplina: Sociedade e Educação
Análise do filme “Pra o dia nascer feliz” na ótica de Bourdieu
O filme “Pra o dia nascer feliz” de João Jardim retrata a realidade educacional brasileira de uma forma bem abrangente, revelando as diferenças existentes entre as instituições das redes pública e privada, quanto a infra-estrutura, procedimentos e métodos educacionais, assim como a procedência do seu corpo discente. Quanto a estes aspectos, o documentário se insere nas ideias defendidas por Bourdieu, em que ele entende que a educação é uma construção e uma continuação das diferenciações de sociais,onde as elites, enquanto classe dominante, prepara seus filhos para reproduzir a sua condição, ao passo que o proletariado não encontra condições reais de utilizar a educação como meio de mudança de classe e ascender socialmente.Como se a ineficiência clara das instituições públicas fosse o reflexo de uma propositada atitude lasciva de alguém que quer eliminar outrem, dia-a-dia deixando de fornecer-lhe nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu corpo.
O fenômeno é naturalizado por muitos profissionais do ensino como se a opção do aluno, seja com a manifestação de empenho, seja com o desinteresse do mesmo, fosse exclusivamente uma questão de escolha, o que pode ser identificado nas falas da professoras Celsa e Suzana”... estamos vivendo numa escola do século passado...”.Acontece que, se a análise for feita com a perspectiva de uma escala pontual e particular, o entendimento racionalizará a indução positiva do fenômeno e o transformará numa lei geral que desqualifica o ensino público nacional de base, o que acaba resultando na liberação de vagas nas universidades públicas de ponta para indivíduos mais bem preparados, via processo competitivo de seleção,que em geral seleciona os filhos da burguesia, principalmente quando nos remetemos às amostragens dos cursos de medicina, direito internacional,