Química orgânica
Os primórdios da Química Orgânica
As propriedades de alguns compostos orgânicos são conhecidas desde antes de Cristo. É o caso do sabão de cinzas, do álcool obtido por fermentação e de alguns corantes extraídos da natureza.
No entanto, procedimentos semelhantes aos da Química Orgânica atual começaram a ser executados apenas em fins do século XVIII e início do século XIX. Nessa época conheciam-se poucos compostos orgânicos em estado puro. Em 1780, o sueco Torbern Bergman fazia pela primeira vez distinção entre compostos inorgânicos e orgânicos. Porém, costuma-se creditar a outro químico sueco, Jons Jacob Berzelius, o mérito de criar a expressão Química Orgânica, num livro datado de 1807.
Nessa época, pouco se sabia sobre os átomos. A primeira escala de massas atômicas havia sido publicada dois anos antes pelo inglês John Dalton, sendo ainda bastante primitiva e cheia de imperfeições. A descoberta do elétron e do próton ocorreu quase um século depois.
A Teoria da Força Vital
As primeiras preocupações da Química Orgânica nascente eram os materiais de origem animal e vegetal, tais como urina, sangue, gorduras, cabelo, açúcares, resinas, ceras etc. A aparente complexidade desses materiais levou químicos como Berzelius a acreditar que os organismos vivos eram capazes de sintetizá-los devido a uma força neles existente. Era a chamada Teoria da Força Vital.
Em 1828, essa teoria foi violentamente abalada quando o químico alemão Friedrich Wõhler, aquecendo cianato de amônio, provocou uma reação química, na qua) esse composto inorgânico se transformou em ureia, A ureia (substância presente na urina dos mamíferos), segundo as ideias da época, só seria produzida em organismos vivos, possuidores da força vital.
Nos anos que se seguiram, com o desenvolvimento do conceito da conservação da energia, parecia não haver mais lugar para a “força vital”. Em 1860, o francês Pierre Eugene Marcellin Berthelot publicou um livro, no qual