Quimica
A difração é uma conseqüência de relações de fase específicas estabelecidas entre duas ou mais ondas que foram dispersas pelos obstáculos, esse fenômeno se dá quando uma onda encontra uma série de obstáculos regularmente separados que são capazes de dispersar a onda e possuem espaçamentos comparáveis em magnitude ao comprimento da onda.
Uma técnica de difração utilizada usualmente emprega uma amostra pulverizada ou policristalina que consiste em muitas partículas finas e aleatoriamente orientadas, expostas a uma radiação X monocromática. Cada partícula de pó ou grão é um cristal, e a existência de um grande número destes, com orientações aleatórias, assegura que pelo menos algumas partículas estejam orientadas de forma apropriada, de tal modo que todos os possíveis conjuntos de planos cristalográficos estarão disponíveis para a difração.
No processo de difração temos um aparelho capaz de determinar os ângulos nos quais ocorre a difração em amostras pulverizadas cujo nome é difratômetro. As intensidades dos feixes difratados e a posição são detectadas pelo uso de um contador no caso usual, entretanto foram desenvolvidas outras técnicas para material em pó nas quais a intensidade do feixe difratado e a posição são registradas a partir de um filme fotográfico.
Relacionando com a matéria estudada sobre estruturas cristalinas, temos que um dos principais usos da difratometria de raios X está na determinação da própria estrutura cristalina. O tamanho e a geometria da célula unitária podem ser resolvidos a partir das posições angulares dos picos de difração, enquanto o arranjo dos átomos dentro da célula unitária está associado com as intensidades relativas desses picos.
Fonte: CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS: UMA INTRODUÇÃO. WILLIAM D. CALLISTER, JR. 5ª EDIÇÃO.