Quimica organica
História da Química Orgânica
Os compostos e as reacções orgânicas são utilizados pelo homem há muito tempo, embora inicialmente sem ter noção da natureza química de certos fenómenos. A queima da madeira (combustão orgânica) já era feita pelo homem pré-histórico; produzia-se vinho por fermentação da uva, vinagre a partir do vinho, corantes de plantes, etc.
Em 1769 o químico sueco Scheele introduziu métodos apropriados de extracção de compostos em animais e vegetais, tais como: ácido cítrico (C6H8O7) do limão; ácido láctico (C3H6O3) do leite; a glicerina (C3H8O3) da gordura, a ureia (CH4N2O) da urina, etc.
À medida que crescia o número de compostos extraídos da matéria viva, os químicos notavam acentuadas diferenças entre as propriedades destes e as dos compostos minerais (por ex: PF e PE dos compostos orgânicos são relativamente mais baixos).
Em 1776, Bergmamn (também químico sueco), devido a essa descoberta, separou os compostos em duas classes:
✓ Compostos Orgânicos – aqueles que são obtidos a partir dos seres vivos;
✓ Compostos Inorgânicos – aqueles que são obtidos a partir de minerais.
Em 1777, com o intuito de estudarem tais compostos, surgem os termos:
✓ Química Orgânica – química dos compostos existentes nos organismos vivos (animais e vegetais);
✓ Química Inorgânica - química dos compostos existentes no reino mineral.
Na mesma época, Lavoisier analisou vários compostos orgânicos e constatou que todos tinham o elemento químico carbono.
Na falha de várias tentativas de sintetizar os compostos orgânicos, ao contrário dos inorgânicos, em 1807, Berzelius formulou a Teoria da Força Vital, segundo a qual, “os compostos orgânicos só poderiam ser obtidos a partir dos seres vivos”.
Esta teoria teve queda em 1828 quando o químico alemão Wӧhler, discípulo de Berzelius, sintetizou a ureia (composto orgânico que na altura só podia se obter da urina), a partir do