Quimica da parte umida - fabricação de papel
Prof.: M.Sc. Alexandre A. de Andrade
Julho/2008
1. História da produção papel O homem começou a registrar sua história por volta de 6000 A.C., através de entalhes em pedra, madeira ou placas de barro. A escrita surgiu independentemente no Egito, na Mesopotâmia e na China. Uma das primeiras formas de bases para a escrita foi o papiro. O mais antigo papiro já encontrado foi datado ao redor de 2200 a.C. e pertence ao Museu Britânico. O papiro foi suporte de escrita de uso corrente até os primeiros séculos da era Cristã em toda Europa. Sobre ele escreveram os antigos egípcios, os gregos e os romanos. O papiro é feito com as películas da parte exterior da haste da planta aquática Papiro (Cyperus papyrus). Estas películas são cortadas em tiras que, coladas umas às outras, formam folhas. As folhas são então superpostas com as fibras cruzadas (como na madeira compensada) para aumentar a espessura e a resistência do produto. Depois o "compensado" de papiro é polido com óleo e colocado para secar.
Figura 01 - Cyperus papyrus
Dada a preciosidade do produto, era comum o papiro ser reciclado: raspava-se a tinta e reutilizava-se o papiro para novos desenhos ou escritos. Os pergaminhos de origem animal datam do ano de 2000 a.C. e, somente por volta do século 2 a.C., aparecem na forma de películas mais delgadas e mais finamente acabadas. Tornaram-se o principal suporte de
escrita durante quase toda a idade Média. Havia ainda o palimpseto, termo que designa o pergaminho já usado e reaproveitado. O fenômeno do
reaproveitamento do papiro repetia-se com os pergaminhos. E pensar que existe um pessoal achando que a reciclagem é coisa moderna.
Figura 02 - A rota do papel
A seguir temos uma seqüência de datas e fatos cronológicos relacionados ao surgimento do papel. 105 d.C. - A invenção de papel é atribuída a T'sai Lun na China. Este fragmentou cascas de amoreira, pedaços de bambu, rami, redes de pescar, roupas usadas e cal, para ajudar