Quilombos
Quilombo é o nome dado no Brasil aos locais de refúgio dos escravos fugidos de engenhos e fazendas durante o período colonial e imperial. Nesses locais, os escravos passavam a viver em liberdade, criando novas relações sociais. Muitos quilombos existiram no Brasil e centenas deles ainda existem, formando o que hoje é chamado de comunidades quilombolas.
Os quilombos no Brasil também eram conhecidos como mocambos. Nos demais locais da América onde houve escravidão também ocorreu a formação desses locais de refúgio e vida em liberdade. Na América espanhola, essas comunidades ficaram conhecidas como palenques; na América francesa, o nome era maronage; e na América inglesa eram nomeados como marroon communities.
Os quilombos eram locais de refúgio, mas também de resistência dos escravos contra a escravidão. Neles, os escravos plantavam e realizavam coletas de produtos das matas, como madeira e frutos, além de caçarem e criarem animais.
A população dos quilombos era formada tanto por escravos e escravas quanto por indígenas e homens livres, mestiços ou brancos pobres. Houve quilombos grandes e pequenos, alguns com milhares de pessoas, outros com algumas centenas, sendo os pequenos os mais comuns. Nos quilombos os fugidos constituíam famílias, criando uma nova forma de sociedade, na maioria dos casos livre da escravidão.
Parte da produção era para subsistência e parte utilizada para comercialização com outras comunidades vizinhas. Isso demonstra que os quilombos não eram isolados, mas estabeleciam contatos com outros setores da sociedade colonial e imperial. Esses contatos comerciais criavam laços com a população livre, fortalecendo os quilombos e enfraquecendo a sociedade escravista.
Palenqueras venezuelanas, descendentes dos moradores dos palenques.*
No Brasil, o quilombo mais famoso foi o Quilombo do Palmares, cujo principal líder foi Zumbi. O Quilombo dos Palmares existiu