Quilombo
O presente trabalho tem como objetivo contribuir com o debate referente aos espaços historicamente constituídos como forma de integração da diversidade na sociedade atual.
Para melhor exemplificar esta dinâmica social, foi realizada consulta a sites de órgãos governamentais e ONGs envolvido nos processos de reconhecimento e intitulação das comunidades quilombolas e estudo de caso no Quilombo Luizes, que se localiza no Bairro Grajaú, região Oeste de belo Horizonte – MG.
1- DESENVOLVIMENTO
1.1 - Brasil: Des-reterritorialização no Processo de Escravização do Negro No que concerne a relação do negro e o território, irei-me atar na tentativa de demonstrar as situação atual, sendo que será feito breves comentários de sua condição passada. A condição de cativo do negro engloba processos e relações complexas relativa aos processos des-reterritorialização e territorialização precária por ele experimentado, estes processos abrangem o uso do território físico, a cultura e sua condição com ator social. Um curioso mais atento, consegue perceber ao fazer uma breve mais acentuada pesquisa, que durante a história de formação territorial do Brasil, medidas foram tomadas para evitar a posse de terras pelas classes e etnias consideradas contrárias a lógica de dominação vigente no país. As etnias que mais foram afetadas por essa lógica de dominação foram as dos aborígenes e dos cativos provenientes do continente Africano. O aborígene apesar de ter sofrido extinções e humilhações absurdas, nos dias atuais consegue manter resistência considerável as imposições da classe hegemônica, entretanto a mesma situação não se identifica no caso dos negros e seus descendentes (não ignoro a amplitude e as conquistas dos movimentos negros, mas este teve de adaptar-se a condições geográficas, culturais e sociais distintas das que ele vivia, o aborígene em um primeiro momento foi cativo e obrigado a absorver a cultura do colonizador, contudo, a