Questões sobre o texto: A guerra de relatos no Brasil contemporâneo ou a “Dialética da marginalidade”. (João Cézar de Castro Rocha)
Resposta: A dialética da malandragem remete ao malandro, que é aquela pessoa que tira vantagem da outra pacificamente sem ferir ninguém (pelo menos não fisicamente) apenas com a conversa. O malandro possui um gingado, um jeito conquistador e uma lábia persuasiva que se compara a um vendedor, porém sua finalidade é passar os outros para trás, tirando proveito pessoal e acaba conseguindo também ser aceito na sociedade. O malandro geralmente é astuto e esperto, é um indivíduo plástico (ou seja, um indivíduo que se molda de acordo com a situação de seu interesse dotado de vários discursos, falas e fisionomias). O malandro só pensa em si nunca no outro e não tem responsabilidade. Ele foge da sua situação de desigualdade social de forma malandra se aproveitando do outro. Conforme cita o autor, referente ao romance de Paulo Lins: ”Enquanto existir otário no mundo, malandro acorda ao meio dia”. (pág. 165 )
A dialética da marginalidade segundo o texto engloba vários significados. Primeiramente, remete a pessoa marginal, ao bandido, ao criminoso, juntamente com sua brutalidade, frieza, dureza, dominação e é temido por todos. O marginal geralmente é pobre (nem sempre), vem de periferias e faz qualquer coisa para conseguir o que quer inclusive matar e roubar aterrorizando as pessoas. O marginal tenta superar a sua desigualdade social através do confronto, da imposição violenta. O autor também usa o termo marginalidade para se referir à exclusão social de uma parcela da sociedade; se refere também à formas de tirar vantagens e proveito dessa sociedade excluída ( que geralmente é o pobre), através do controle da imagem dessa camada social para se ter um ganho sobre a mesma. Por exemplo, o autor cita no texto novelas e filmes que usam a imagem do favelado para