Questões de gênero na Produção Industrial
INTRODUÇÃO
O universo da indústria desde a sua origem, sempre teve como papel principal o homem como executor do processo de fabricação. Neste tempo, o papel do homem na sociedade era o provedor do lar, de sua família e muitas vezes o principal sustento dela. Nesta época também, o divórcio não tinha tanta aceitação na sociedade e, portanto a mulher sempre dependeria do seu pai se fosse solteira ou do esposo, se esta fosse casada.
Nossa pesquisa trata do papel da mulher na produção industrial, área que sempre foi vista pela sociedade como campo de trabalho para homens e não do sexo oposto.
Com o aumento do consumo e concorrência entre si, as indústrias começaram a produzir mais e com isso, precisou de mais mão de obra. Com o movimento feminista, lutando por direitos iguais aos homens, no caso do divórcio, houve uma quebra de paradigmas, a mulher passou a participar da parcela economicamente ativa, passando a trabalhar para se sustentar e na maior parte, sustentar os filhos.
A indústria aproveitou a oportunidade para contratar mão de obra barata, tendo em vista que essas mulheres não tinham qualificação para o trabalho, muitas delas tinham aprendido apenas que deveriam ser donas de casa e cuidar das tarefas domésticas e da família.
Abordaremos questões do gênero na esfera da produção industrial: tarefas e postos de trabalho e questões salariais.
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1. AS DIFERENÇAS
A juíza Márcia Cristina Cardoso fala um pouco sobre a discriminação que ainda existe sobre as mulheres no mercado de trabalho:
"No Brasil, as mulheres já são 97,3 milhões, contra 93,4 milhões de homens, mas a nossa igualdade, de verdade, ainda não foi alcançada.”
De um ponto de vista geral, olhando para o mercado de trabalho, sem especificar áreas, apesar dos direitos conquistados pelas mulheres ao longo dos últimos anos, elas ainda enfrentam preconceitos. Ainda persiste a exclusão feminina na distribuição dos cargos de liderança, mesmo com relativo avanço.