Questoes Filosofia G2

Pontifícia Universidade Católica – PUC-Rio
Filosofia Política
Conrado Bassini – Desenho Industrial

3 – Natureza utilitária da moral escrava e seu procedimento de criação de valores
A moral para Nietzsche é uma invenção dos fracos, que inverteram o sentido de bom e virtuoso para favorecer o ascético, o que nega o corpo em favor da alma, e que portanto nega a vida. Nietzsche é favorável aos homens guerreiros, fortes, que afastam de si todas as culpas anteriores e toda a mesquinhez moral. Portanto seus pensamentos vão contra o homem com mentalidade utilitária (os que desejam bem-estar, segurança, dinheiro) pois essa mentalidade cultiva o caos, distanciando o ser de sua natureza.
Nietzsche negava qualquer fundamentação metafísica da moral. A moral é uma criação humana, imposta. Aquele que diz "Tu deves" quando o indivíduo diz "Eu quero".
Portanto, estes valores morais são criações históricas, não são universais.
A partir dai, percebe-se a diferenciação de Nietzsche entre a moral nobre e moral escrava com o exemplo de duas frases:
EU SOU BOM, TU ÉS RUIM
TU ÉS MAL, EU SOU BOM
A moral nobre se cria a partir da relação de atividade, nasce primeiro a noção do que é bom para entender posteriormente o que é o mau. Ou seja, o bom significa forte, potente, elevação, poderoso, belo, raro, singular, enquanto o ruim significa reflexo pálido do que é bom, baixo, igual, uniforme e vulgar.
A vontade de potencia da moral nobre tem íntima relação de força. No entanto, toda força nasce de um ato de força, não há força isolada. Toda força possui relação a outra coisa. O Bom originariamente é tudo que é experimentado pelo homem (fortes, nobres) brotando dos atos praticados.
Já a moral escrava nasce da negação de tudo o que é mal e, então, descobre-se o que é o bom. Sua relação é inversa, é uma relação de reatividade. O bem x mal são atos iniciais de negação por dedução onde encontra-se o bom no sentido do bem.
Então, a destruição da humanidade seria a domesticação do homem forte,