O filme "La Guerre du Feu" (1981, França/Canadá) retrata a origem comum da espécie humana e enfatiza pontos da teoria evolucionista do naturalista inglês Charles Darwin. O filme é provocativo: por que e como somos diferentes dos demais animais se temos uma origem comum? O que explica a diferença de comportamentos e costumes entre os indivíduos e grupos de indivíduos se todos os seres humanos são membros da mesma humanidade? Essa pergunta vai sendo respondida no decorrer da história do filme, quando podemos observar diferentes grupos de hominídeos com habilidades diferentes de simbolizar e expressar sensações no meio onde viviam. A resposta encontra-se no conceito de cultura. Quando o primeiro grupo de hominídeos perde a posse do fogo, importante para a culinária e segurança do grupo, além de protegê-los do imenso frio, três membros partem para uma aventura, que os levará não somente a trazer de volta o fogo, mas também adquirir novos conhecimentos e tecnologias através do contato com outros grupos que contribuirão para a evolução e o desenvolvimento do seu grupo. A diferença entre os grupos de hominídeos apresentados no filme se revela quando os protagonistas se deparam com grupos menos evoluídos (canibais) e outro mais evoluído, descobrindo técnicas de artesanato, pintura corporal, lançadores de flecha, cerâmica, erva medicinais, construção de cabanas e, principalmente, a arte de produzir fogo por atrito. Além da linguagem e expressões como o sorriso e o humor, vindos de uma pedrada na cabeça involuntária e até mesmo o amor quando o líder do pequeno grupo se apaixona pela nativa daquela comunidade mais evoluída e com ela aprende a correta forma de se relacionar sexualmente e a respeitar seu semelhante. "A Guerra do Fogo" (BRA), com roteiro de Anthony Burgess e direção de Jean-Jacques Annaud, apresenta a "Pré-História" como um período de desenvolvimento biológico e cultural da humanidade, retratando a origem da linguagem e das relações sócio-culturais,