Quest Es Cpte Aula 03
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A sociedade grega era patriarcal, excluía mulheres, estrangeiros e escravos da cidadania. Não tinham cidadania, por exemplo, os artesãos, comerciantes e trabalhadores braçais porque em primeiro lugar, a ocupação não permitia o ócio para participar do governo e em segundo, porque se acreditava que o trabalho manual embrutece a alma e não permite que a pessoa tenha uma virtude esclarecida e necessária para a vida política.Na sociedade, havia a concepção de ócio digno, uma vez que se era necessário tempo livre para se dedicar a funções nobres como guerrear, fazer política, pensar e decidir. Por esse motivo, escola em grego significa “lugar de ócio”, pois as crianças (que futuramente ocupariam os lugares de seus pais) lá se dedicavam à ginástica, jogos, música e a retórica. É indissociável então do ócio, o maravilhamento, a contemplação.
A busca pela verdade e felicidade vem da contemplação. Essa contemplação se dá por meio de evidências, ou seja, “daquilo que é, tal como é”. Há a incidência do intelectual sobre o real, causando a valorização dos sentidos (principalmente o da visão) para se chegar a uma distinção. O conhecimento da verdade é contribuição coletiva.
“Se as lançadeiras tecessem e as palhetas tocassem cítaras por si mesma, os construtores não teriam necessidade de auxiliares e os senhores não necessitariam de escravos” (ARISTOTELES. Política, Livro I, cap. II, 1254a.)
Aristóteles defendia a escravidão para os bárbaros, ou seja, os que não fossem gregos e prisioneiros de guerra, já que estes eram vistos como inferiores por disposição natural. O escravo pertenceria ao lar, por isso não seria tratado com crueldade, mas com afeição.
Esse lar, ou Oikos que seria casa em grego, têm uma hierarquia, na qual o homem da casa teria o poder de deliberação (ou seja, o poder de decidir), a mulher a teria de forma reduzida, o filho não a teria e o escravo também. O homem sensato deve obedecer, enquanto quem tem a deliberação, manda.
O individuo (homens livres) era