Querigma
O querigma, isto é, a proclamação da mensagem do Evangelho, o “primeiro anúncio de Jesus Cristo” (evangelização) com o “aprofundamento da fé” (catequese). O querigma é analisado em seus diversos elementos: a ação salvífica em Jesus Cristo, a pessoa do anunciador (arauto), do ouvinte da mensagem e as formulações de seu conteúdo. Percorrendo o Novo Testamento analisamos o modo como a mensagem foi anunciada às várias categorias de destinatários; encontramos também os vários elementos de catequese, ou seja, desenvolvimento do querigma. E alguns elementos teológicos nos são apresentados: a força da sabedoria da Cruz, a relação texto-evento, tradição, teologia, exegese e, finalmente, a opção pelos pobres como característica da pregação querigmática.
“Percorrendo toda a Galiléia, Jesus ensinava em suas sinagogas, proclamava a Boa Nova do Reino e curava toda doença e enfermidade entre o povo” (Mt 4, 23). Neste versículo está descrito o querigma. O acontecimento do Reino, realizado plenamente no mistério da morte e ressurreição de Jesus, continuou a ser propagada por seus discípulos. Paulo o afirma: “Eu vos transmiti, em primeiro lugar, o que eu mesmo recebera: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Pedro e depois aos doze” (1Cor 15, 3-5). A Igreja considera sua missão primordial proclamar esse evento, convidar à conversão e à fé.
O Novo Testamento não explica explicitamente o que é o querigma. Contudo, na linguagem usada revela suficientemente o que ele significa. Seu significado, que se refere tanto a um processo como a um conteúdo, dificilmente pode ser traduzido com uma só palavra nas línguas modernas. Neste artigo pretendo refletir sobre esta identidade do querigma. Tendo já publicado anteriormente algo sobre este tema , volto novamente sobre ele, motivado agora pelos estudos que a secção de catequese do CELAM está realizando sobre os