Queimadura 2
Muito embora o risco da queimadura acompanhe a humanidade, possivelmente, antes mesmo da descoberta do controle e utilização do fogo pelo homem, o desenvolvimento tecnológico tem determinado a potencialização desse risco. A utilização, em alta escala, da combustão, da eletricidade, de radiações e o emprego de produtos químicos elevaram, sobremaneira, a incidência de queimaduras. Políticas de prevenção de acidentes no trabalho e medidas de combate a incêndios tiveram papel importante na diminuição dos riscos de acidentes térmicos urbanos e na indústria. As causas domésticas, principalmente em crianças e pacientes geriátricos, ainda preocupam e são fontes importantes de pacientes às unidades de tratamento intensivo especializadas em queimaduras. O prognóstico do tratamento nessas populações também apresenta reservas, quando comparados a adultos queimados com a mesma gravidade. A destruição do revestimento cutâneo ainda apresenta-se como um dos importantes problemas de difícil solução terapêutica local e sistêmica; sua regeneração é o objetivo primário de todo o tratamento e um desafio contínuo à medicina. Tipos de queimaduras São diversos os fatores etiológicos das queimaduras e estas podem ser ordenadas em quatro grupos principais: queimaduras térmicas, químicas, elétricas e por radiação. Ainda em cada grupo, peculiaridades influem tanto no tratamento como no prognóstico. Por exemplo, as lesões térmicas podem ser por fogo, líquido ou vapor. As lesões por contato com agentes químicos, principalmente álcalis, requerem tratamento diferenciado, com irrigações contínuas, a fim de impedir a penetração da substância na derme. A queimadura elétrica é, usualmente, mais séria do que aparenta, pois a passagem da corrente provoca a destruição de tecidos mais profundos com repercussões graves no equilíbrio ácido-básico, mioglobinúria e alterações renais. Queimaduras por radiação são muito comuns no verão, por raios ultra-violeta, mas as que denotam maior preocupação