Cap. 1 – Que coisa é a política. O termo política de uma maneira geral refere ao exercício de alguma forma de poder. Um exemplo é a criação de um novo imposto que constitui um ato de poder, ou seja, um ato político é precedido, conforme o caso, por outros atos realizados pelos diversos detentores de alguma espécie de poder. Vale salientar que se desencadeia uma inter-relação entre a “fonte do poder” e os submetidos a esse poder. Qualquer ato de poder é complexo e cheio de implicações. Porém, política não se resume ao uso do poder porque há muita dificuldade em se definir o que é “poder”. “Ter poder” não significa simplesmente estar em algum grande cargo, pois podem ocorrer as chamadas “eminências pardas”, que são pessoas que ocupam um grande cargo, porém são submetidos a vontade de outra pessoa. O poder só pode ser sentido e avaliado, ao exercer-se, antes disso ele é apenas uma presunção, algo que se acha que vai acontecer. Deve-se procurar outro elemento para definir o conceito de política. Os americanos diziam que “o poder é a capacidade de influenciar o comportamento das pessoas” o que não explica o que vem a ser esse poder. Porém, ao entender que política tem haver com o poder e que esse visa alterar o comportamento das pessoas, aparece dois aspectos relacionados com ao ato político que são: Um “interesse” e uma “decisão”. As pessoas tentam mudar o comportamento de outra pessoa com um “interesse” em algo e o objetivo só vai ser alcançado através de uma “decisão” que venha a realmente mudar o comportamento dessa pessoa. Podemos assim tornar nosso conceito de política mais confortável. A política passa a ser entendida como um processo de transformação de interesses em objetivos e os objetivos são conduzidos a tomada de decisões. Agora o que interessa é o processo de formulação e tomada de decisões. Política tem haver com quem manda, por que manda, como manda. Mandar é decidir, é conseguir apoio ou até submissão. Não é um processo simples,