Quarto relatorio IPCC
Em 2007 o IPCC apresenta seu quarto relatório, por etapas. Em Fevereiro 2007 Paris, foi divulgada a contribuição do Grupo1 de Trabalho, que parece pôr fim a várias dúvidas anteriormente existentes. Em relação à concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, o documento indicou que desde a era pré-industrial 1750 até 2005 houve um aumento da concentração de dióxido de carbono, de gás metano e de óxido nitroso na atmosfera, resultado de actividades humanas, e agora já ultrapassou em muito os valores da pré-industrialização determinados através de núcleos de gelo que estendem por centenas de anos (veja fig. SPM-1). Tendo em conta que o dióxido de carbono é o mais importante gás estufa antropogênico (veja fig. SPM-2). A concentração global de dióxido de carbono (CO2) cresceu em torno de 280 ppm a 379 ppm; metano, de 715 ppb (partes por bilhão) a 1774 ppb; e óxido nitroso, de 270 ppb a 319 ppb. O documento conclui que é inequívoco o aquecimento global, como agora evidenciam as observações do aumento na temperatura média global do ar e dos oceanos, a ampliação do derretimento de gelo e neve e a elevação do nível do mar (ver figSPM-3). É muito provável que as perdas dos mantos de gelo da Groenlândia e da Antártica tenham contribuído para a elevação do nível do mar ao longo do período de 1993 a 2003 (ver a Tabela SFP.0\1). Quanto à temperatura da superfície terrestre, o aumento entre os períodos de 1850-1899 a 2001-2005 foi de 0,76 (0,57 a 0,95) °C, e onze dos doze últimos anos (1995-2006) estão entre os doze mais quentes desde que as temperaturas começaram a ser registadas (1850). Numerosas variações de longo prazo, nas escalas continental, regional e oceânica, têm sido observadas, incluindo mudanças nas temperaturas e no gelo do Árctico, na quantidade de precipitação, na salinidade oceânica, nos padrões de vento e em aspectos de eventos climáticos extremos, como secas, chuvas intensas, ondas de calor e intensidade