Quando Nos Referimos S Quest Es De G Nero
O sexo frágil, que há muito se convencionou ser a natureza do feminino e da mulher, vem passando por grandes transformações desde a Revolução Industrial. A mulher desde então, vem ocupando um espaço de forma ativa na grande massa proletária e, gradativamente, se apropriando de funções decisórias no âmbito da economia e das políticas macroeconômicas, sem, no entanto, perder sua hegemonia nas políticas microeconômicas restritas ao ambiente familiar.
Quando ocorrem transformações quanto às funções socioeconômicas de gênero, obviamente isso não se dará somente no universo de um deles. O universo masculino, ainda que não se dê conta, é obrigado a se reorganizar quanto às novas funções exigidas que emergem segundo as necessidades concretas, procurando adaptar-se a elas e às perdas de funções que antes eram exclusivas, sendo que uma delas era a de provedor. Atualmente, essa função, salvo exceções, perdeu a sua exclusividade e considero situação irreversível.
Alguns entendem que os papéis de gênero se inverteram e que o homem vem exercendo sua função ocupando o espaço doméstico, lacuna deixada pela mulher que passa a ocupar mais e mais as atividades relacionadas ao mercado de trabalho. Considero tal constatação errônea. Ainda que o homem possa adaptar-se e realizar tarefas e afazeres domésticos, como limpar a casa, fazer comida, etc., definitivamente não se trata de se apropriar e demarcar esse meio, a ponto de inverter os papéis.
Senão vejamos: o ambiente doméstico, que historicamente é entendido como de domínio da mulher, deve