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Bioética é um neologismo construído a partir das palavras gregas bi os (vida) + ethos (relativo à ética). Segundo Diniz & Guilhem, "...por ser a bioética um campo disciplinar comprometido com o conflito moral na área da saúde e da doença dos seres humanos, dos animais, e seres vivos em geral, os seus temas dizem respeito a situações de vida que nunca deixaram de estar em pauta na história da humanidade..." O termo "Bioética" surgiu na década de 1970 e tinha por objectivo deslocar a discussão acerca dos novos problemas impostos pelo desenvolvimento tecnológico, de um ponto de vista mais tecnicista para um caminho mais pautado pelo humanismo, superando a dicotomia entre os factos explicáveis pela ciência e os valores estudados pela ética. A biossegurança, a biotecnologia e a intervenção genética em seres humanos, além das velhas controvérsias morais como aborto e eutanásia, requisitavam novas abordagens e respostas ousadas da parte de uma ciência transdisciplinar e dinâmica por definição. (Pedro Jacy). O termo foi mencionado pela primeira vez em 1971, no livro “Bioética: Ponte para o Futuro", do biólogo e oncologista americano Van R. Potter. Pouco tempo depois, uma abordagem mais incisiva da disciplina foi feita pelo obstetra holandês Hellegers. As diretrizes filosóficas desta área começaram a consolidar-se após a tragédia do Holocausto da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de médicos em nome da Ciência, cria um código para limitar os estudos relacionados. Formula-se aí também a ideia de que a ciência não é mais importante que o Homem. O progresso técnico deve ser controlado e acompanhar a Consciência da Humanidade sobre os efeitos que ambos podem ter no mundo e na sociedade, para que as novas descobertas e suas aplicações não fiquem sujeitas a todo tipo de interesses. Em Outubro de 2005, a Conferência Geral da UNESCO adaptou a Declaração Universal sobre Bioética e